• Primária (ou idiopática): a dor é um sintoma fundamental para o diagnóstico, se manifesta sozinha sem nenhuma causa identificável. Representa a vasta maioria dos casos e as 3 formas mais comuns são: enxaqueca, dor de cabeça tensional e cefaleia em salvas.
  • Secundária (ou sintomática): sua causa é facilmente identificável e a dor é o alarme de uma doença como sinusite ou hipertensão arterial.

Enxaqueca

A enxaqueca é mais comum em mulheres, possivelmente por motivos hormonais, do que em homens, e em geral afeta pessoas de 35 e 45 anos de idade. É uma doença recorrente, acompanha a pessoa ao longo da vida, e tem características muito específicas.1
Em alguns pacientes, a dor é precedida pelo surgimento de aura, uma desordem neurológica transitória (com distúrbios de campo visual, alterações na sensibilidade dos membros superiores e da face, dificuldade de traduzir pensamentos em palavras) que persiste, em média, de 20 a 30 minutos e acaba com o início da dor.1
A enxaqueca é descrita como crônica quando os episódios ocorrem em mais de 15 dias por mês durante ao menos 3 meses.1

Dor de cabeça tensional1

Esse tipo de dor de cabeça é a forma mais comum de dor de cabeça primária, que geralmente começa na adolescência.
Pode ser esporádica, frequente (episódios em menos de 15 dias por mês) ou crônica (crises em em mais de 15 dias por mês ou diariamente).

Cefaléia em salvas1

A cefaleia em salvas, embora muito menos frequente que a enxaqueca e a dor de cabeça tensional, é uma dor de cabeça altamente debilitante. A dor sentida pelo paciente é intensa e insuportável.
As crises acontecem em períodos chamados de “salvas”, que podem durar de 15 dias a 3 meses. Tendem a ocorrer de forma fix, em geral na mesma estação do ano ou até nos mesmos dias, Crises únicas tendem a ocorrer várias vezes durante um período de 24 horas, geralmente nos mesmos horários: por exemplo, no meio da noite.1
A cefaleia em salvas é mais comum em homens do que em mulheres. A faixa etária de início é de 25 a 30 anos.

Dor de cabeça: as causas mais comuns1

Dor de cabeça tensional
Os episódios são geralmente desencadeados por estresse (físico e mental), perda de sono e posturas inadequadas. Fatores alimentares e hormonais podem ser influenciadores de enxaquecas.1

Enxaqueca
Embora uma predisposição genética seja reconhecida, a enxaqueca apresenta uma série de fatores desencadeantes:

Alimentar

Vinhos, licores, chocolates, queijos temperados, frutas secas e cítricas, alimentos ricos em glutamato (como os cubos de caldo).

Hormonal

Ciclo menstrual, uso de contraceptivos orais.

Ambiental

Estresse, emoções fortes, mudanças climáticas, traumas, esforços exagerados, viagens, altitude.

Endógeno

Alteração sono-vigília, febre, má postura.

Metabólico

Jejum prolongado, desidratação e falta de oxigênio.

Farmacológico

Bloqueadores dos canais de cálcio, vasodilatadores, estrógenos.

Cefaleia em salvas
O uso de álcool é identificado como o gatilho principal para a maioria dos pacientes. O começo das salvas geralmente coincide com variações em ritmos externo-ambientais e pessoais (mudança de estação, viagem intercontinental, períodos de muito estresse, mudança de estilo de vida).

Como tratar a dor de cabeça1

O objetivo principal é bloquear os episódios rapidamente, permitindo que as atividades diárias normais sejam retomadas.


No tratamento da dor de cabeça ocasional e tensional, é possível recorrer ao uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios.

Prevenção1

Para limitar a ocorrência de dores de cabeça, existem métodos simples que, quando seguidos, podem proporcionar benefícios:

  • Sono regular
  • Prática de esportes, com intensidade moderada
  • Técnicas de relaxamento, como ioga, por exemplo
  • Manter-se em atividade
  • Manter a hidratação
  • Usar computadores longe de janelas ou focos de luz que gerem reflexos ou reverberações
  • Evitar o consumo de alimentos que possam desencadear crises, uma vez que os fatores sejam identificados
  • Evitar jejum prolongado
  • Evitar consumo excessivo de álcool

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